aos estudantes
Propinas inaceitáveis<br>na Madeira
A JCP apela à luta e reivindicação dos estudantes e das suas famílias contra o aumento das propinas na Universidade da Madeira (UMa).
Cumprir o que está consagrado na Constituição da República Portuguesa
A JCP esteve reunida, no dia 14, com a Associação Académica da Universidade da Madeira (AAUMa), que deu a conhecer os diversos problemas que os estudantes enfrentam, como a falta de apoios nos transportes públicos, existindo passes mais caros do que a própria prestação mensal da propina.
Mas a questão central, que motivou a reunião entre a JCP e a AAUMa, foi mesmo o aumento «abrupto» e «vergonhoso», no valor de 30 euros, que as propinas sofreram, devido, em grande parte, à falta de financiamento por parte do Estado ao ensino.
Os jovens comunistas reclamam, por isso, que «se faça cumprir o que está consagrado na Constituição da República Portuguesa», ou seja, que «o ensino seja financiado a 100 por cento pelo Governo». Defendem ainda a necessidade de «existir uma articulação não só entre o Governo da República e o Governo Regional, devido à regionalização do ensino, mas também com a Reitoria da UMa, face à dupla tutela de que esta entidade dispõe».
Apelando à «luta» e «resistência» dos estudantes, a JCP lembra que a primeira propina, implementada pelo governo do Cavaco Silva, em 1991, foi de «cinco contos», equivalente a 25 euros. Hoje, 25 anos depois, aumentou para os 1063 euros, o que só vem dar razão à JCP e ao PCP.
«Se não houver luta, se não houver reivindicação por parte dos estudantes (e das suas famílias também), as propinas continuarão a subir para valores astronómicos e assistiremos ao perpetuar de uma vergonha e abjecta elitização do ensino no nosso País, onde os filhos dos ricos poderão estudar e os filhos dos pobres não terão esse direito», afirmam os jovens comunistas.
Um abaixo-assinado, promovido pela JCP, está já a circular na universidade para reivindicar a progressiva baixa no valor das propinas até à sua total revogação.